quinta-feira, 15 de abril de 2010

A HISTÓRIA ESTÁ TOMANDO UM RUMO DIFERENTE, E DESSA VEZ PRA MELHOR!

Indícios de mudanças nessa triste realidade estão aí... A sociedade e o governo estão se preocupando mais com o doente mental e a prova disso são os projetos que são criados com a finalidade de atender o doente mental. Há em Juiz de fora chamada Loucos pela música que busca aliar arte e terapia.
A participção produtiva dos doentes mentais dentro de uma comunidade por meio do trabalho é um grande aliado como alternativa para a cura. Em Guarulhos, São Paulo, são desenvolvidos trabalhos com pacientes portadores de transtornos mentais, com finalidade de resgatar a cidadania, a auto-estima e a geração de renda, com a produção de produtos artesanais. Por trás de todo o trabalho, uma equipe se empenha para promover a terapia ocupacional desses paciente.
Há também trabalhos relacionado a culinária, que além de servir de terapia ocupacional, ajuda como fonte de renda.
São milhares de projetos desenvolvidos que visam melhorar a situação do doente metal (paciente psiquiátrico) buscando meios para inserí-los na sociedade e no mercado de trabalho.
É bom ver que aos poucos as barreiras e dificuldades são enfrentadas. Mas ainda há muito chão pela frente!!!

CAPS - CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço comunitário que tem como papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos severos e persistentes, no seu território de abrangência. Eles desenvolvem alguns tipos de atividades sócio-educativas voltadas para a reinserção do indivíduo na sociedade.
O CAPs foi uma excelente idéia de tratamento e funciona muito melhor que remédio. Quero lembrar que o remédio serve para emergência, mas para manter a pessoa fora de crise só o CAPs funciona. O efeito positivo do CAPs é o seguinte: quando um usuário vê outro em um estado pior ele toma mais cuidado consigo mesmo temendo ficar tão ruim quanto o outro. E quando um usuário vê outro melhor ele espelha no outro e busca melhorar para ficar tão bem quanto o outro. POR ISSO O CAPS É UM SERVIÇO ESSENCIAL.

NOVO MODELO DE TRATAMENTO PARA DOENTE MENTAL

Nesse modelo de tratamento o confinamento foi abolido e a internação é de curta duração, onde o doente é submetido a várias atividades que o permite retornar a sociedade. A família tem participação ativa na recuperação do interno.


Esses tipos de atividades ajudam o indivíduo com transtorno mental a controlar melhor a doença e desenvolver suas abilidades.
É importante que os orgãos públicos se unam e adotem novas medidas a serem desenvolvidas em clínicas, Hospitais Psiquiátricos e CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).

O QUE É REALIZADO HOJE PARA MUDAR ESSA REALIDADE?

Várias inovações na área de tratamento à doentes mentais são desenvolvidas no Brasil. O desenvolvimento de altividades relacionadas ao convívio social ajudam a estimular o paciente e a controlar melhor a doença. O computador está se transformando em uma importante ferramenta para reinserção do paciente ao convívio social. Muitos centros de informática oferecem cursos à pessoas com transtornos mentais como forma de romper o isolamento e incentivar a volta aos estudos.

DIFERENÇA ENTRE DOENTE MENTAL E DEFICIENTE MENTAL

Muitas pessoas confundem doente mental com deficiente mental. Abaixo vamos citar as características de cada uma.

O que é deficiência mental
, ou atraso mental, como muita gente prefere dizer?

DEFICIENCIA MENTAL

A deficiência mental é um termo que se usa quando uma pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social. Estas limitações provocam uma maior lentidão na aprendizagem e no desenvolvimento dessas pessoas.

As crianças com atraso mental podem precisam de mais tempo para aprender a falar, a caminhar e a aprender as competências necessárias para cuidar de si, tal como vestir-se ou comer com autonomia. É natural portanto que enfrentem dificuldades na escola. No entanto aprenderão, mas necessitarão de mais tempo. É possível que não consigam aprender algumas coisas.


Quais são as causas da deficiência mental?



Os investigadores encontraram muitas causas da deficiência mental. As mais comuns são:


Condições genéticas: Por vezes, o atraso mental é causado por genes anormais herdados dos pais, por erros ou acidentes produzidos na altura em que os genes se combinam uns com os outros, ou ainda por outras razões de natureza genética. Alguns exemplos de condições genéticas propiciadoras do desenvolvimento de uma deficiência mental incluem a Síndrome de Down ou a fenilcetonúria;
Problemas durante a gravidez. A deficiência mental pode resultar de um desenvolvimento inapropriado do embrião ou do feto durante a gravidez. Por exemplo, pode acontecer que, a quando da divisão das células, surjam problemas que afetem o desenvolvimento da criança. Uma mulher alcoólica ou que contraia uma infecção durante a gravidez, como a rubéola, por exemplo, pode também ter uma criança com problemas de desenvolvimento mental.
Problemas ao nascer. Se o bebê tem problemas durante o parto, como, por exemplo, se não recebe oxigênio suficiente, pode também acontecer que venha a ter problemas de desenvolvimento mental.
Problemas de saúde. Algumas doenças, como o sarampo ou a meningite podem estar na origem de uma deficiência mental, sobretudo se não forem tomados todos os cuidados de saúde necessários. A mal nutrição extrema ou a exposição a venenos como o mercúrio ou o chumbo podem também originar problemas graves para o desenvolvimento mental das crianças.

Nenhuma destas causas produz, por si só, uma deficiência mental. No entanto, constituem riscos, uns mais sérios outros menos, que convém evitar tanto quanto possível. Por exemplo, uma doença como a meningite não provoca forçosamente um atraso mental; o consumo excessivo de álcool durante a gravidez também não; todavia constituem riscos demasiado graves para que não se procure todos os cuidados de saúde necessários para combater a doença, ou para que não se evite o consumo de álcool durante a gravidez.



Doença Mental

Não pode ser contraída a partir do contágio com outras pessoas, nem o convívio com um deficiente mental provoca qualquer prejuízo em pessoas que não o sejam. O atraso mental não é uma doença mental, como a depressão, por exemplo. Não sendo uma doença, também não faz sentido procurar ou esperar uma cura para a deficiência mental. A grande maioria das crianças com deficiência mental conseguem aprender a fazer muitas coisas úteis para a comunidade, e todas elas aprendem algo para sua utilidade e bem-estar da comunidade em que vivem. Para isso precisam, em regra, de mais tempo e de se esforçarem muito mais do que qualquer outra criança.

Popularmente há uma tendência em se julgar à sanidade da pessoa, de acordo com seu comportamento, de acordo com sua adequação às conveniências sócio-culturais como, por exemplo, a obediência aos familiares, o sucesso no sistema de produção, a postura sexual, etc
Quanto a forma de manifestação



Há duas classificações básicas de doenças mentais, que são as neuroses, e as psicoses.

A - Neurose: é chamada neurose toda a psicopatologia leve, onde a pessoa tem a noção (mesmo que vaga) de seu problema.
Ele tem contato com a realidade, porém há manifestações psicossomáticas, que são notadas por este, e que servem de aviso para a pessoa procurar um tratamento psicológico, ou psiquiátrico.

É um fator comum a ansiedade exacerbada. Existe inúmeras classificações menores; para citar algumas temos:

1) TOC
- Transtorno obsessivo-compulsivo: é a repetição de algum ato diversas vezes ao dia, não controlável e causador de grande ansiedade;
2) SÍNDROME DO PÂNICO: causa grande aflição, e medo perante alguma situação
3) FOBIAS: é o medo a alguma situação. Pode ser medo de ambientes fechados (claustrofobia), medo de água (hidrofobia), medo de pessoas (sociofobia), etc.
4) TRANSTORNOS DE ANDIEDADE: o indivíduo têm ataques de ansiedades antes ou depois de realizar algo, ou muitas vezes nem realizá-lo. É comum em pequena escala na maioria das pessoas, porém seu excesso é denominado como patológico.
5) DEPRESSÃO: também chamada de DISTIMIA, ou depressão maior. Se caracteriza por intenso retraimento e medo do mundo exterior. Causa baixa auto-estima e pode levar ao suícidio.
6) SÍNDROME DE BURNOUT: é a conseqüência de um grande estímulo estressor, como conflitos no trabalho ou família. Causa apagamento e falta de vontade.
7) DISTÚRBIO BIPOLAR DE ÂNIMO: O individuo muda de ÂNIMO e volta ao normal e um curto periodo de tempo. É comum em grande escala na maioria das pessoas. Precisa de acompanhamento medico profissional na maioria dos casos.

Obs: FREUD citou, em uma de suas obras, que todas as pessoas têm um pouco de neurose em si. É normal no ser humano ser um pouco neurótico, sendo apenas o excesso chamado de patológico.

B - PSICOSE: se caracteriza por uma intensa fuga da realidade. É, como a FILOSOFIA e as artes chamam, a loucura, propriamente dita.
Pode ser classificada de três formas:

A) pela manifestação,

B) pelo aspecto neurofisiológico,

C) pela intensidade


A - Manifestação: se divide em dois tipos principais:



a) ESQUIZOFRENIA
: tem como aspectos principais a fuga da realidade, as manias de perseguição, as alucinações, entre outros. Têm ainda subdivisões, que são a esquizofrenia paranóide, a esquizofrenia desorganizada(ou hebefrênica), a esquizofrenia simples, a catatonia ou a esquizofrenia indiferenciada;



b) TRANSTORNO DE AFETO BIPOLAR
: tem por característica picos muito grandes de humor, em pouco espaço de tempo, pro lado da DEPRESSÃO(ou distimia ou disforia), e pro lado da mania (euforia ou eutimia). Por estes dois aspectos também conhecemos este transtorno como psicose maníaco-depressiva. O doente sofre de mudanças de humor constantes, sendo perigoso e gastador em fases maníacas, e retraído, podendo se suícidar, no estado depressivo.

Obs: Ambas as psicoses listadas precisam de auxílio medicamentoso, adjunto de auxílio psicoterápico, para diminuir os sintomas e ajustar o comportamento.



B - Aspecto neurofisiológico:


1) Funcional: age apenas no funcionamento do aparelho psiquico, em suas ligações.


2) Orgânica: tem como característica mudanças ocorridas na química do cérebro, ou em mudanças fisiológicas e estruturais.

C - Intensidade:

Como intensidade entendemos a agressividade e impulsividade do doente em:

1) Aguda:
também chamada de fase de surto; é quando o doente se torna violento, impulsivo e fora da realidade. É necessária observação psiquíatrica constante, pois o doente oferece risco para si, para outros e para o patrimônio.


2) Crônica: é a fase de relaxamento do doente, onde ele está fora da realidade, mas não põe em risco os outros e sua vida. Este estágio é permanente, e resulta de algum caso onde não há cura.

As Doenças Mentais têm “cura” ou só podemos falar em controle?

As Doenças Mentais têm cura tanto quanto as doenças da cardiologia, da endocrinologia, da reumatologia, da neurologia e assim por diante.
A medicina tem como primeira obrigação definir se a pessoa que a procura É ou ESTÁ doente.
Se estiver doente, a possibilidade de cura definitiva é enormemente maior do que nos casos da pessoa ser doente.

FONTE: http://www.indianopolis.com.br/si/site/1153
http://www.artigonal.com/saude-artigos/o-que-e-uma-doenca-mental-730354.html

RELATOS DE MAUS TRATOS E TORTURAS EM CLÍNICAS PSIQUIÁTRICAS

Essa matéria foi publicada no site Ango Notícias que fala sobre tortura e maus tratos a pacientes com doenças mentais que ali estavam internados.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO EM RELAÇÃO AO DOENTE MENTAL

O paciente psiquiátrico sempre foi visto como doido, desiquilibradoe como agressivo. A sociedade sempre foi preconceituosa em relação a eles. Na época do renascimento eram vistos como "negação divina", como pessoas possuídas por demônios. No Nazismo faziam parte dos grupos de milhões e pessoas exterminados por eles, pois "pertenciam a um grupo politicamente indesejado por aquele regime.
O doente mental sempre foi taxado de desequilibrado, psicopata, maníaco. As pessoas olham de maneira diferente e sentem medo por não conhecer bem a situação e por falsas histórias de que doentes mentais são perigosos e loucos. Viviam reclusos excluidos socialmente, não interargem com seu grupo social(comunidade, igreja etc).
Parte da sociedade tratam doentes mentais como coisa, não como seres humanos que precisam de ajuda.
Os antigos hospitais psiquiátricos eram na realidade "depósitos" de pessoas, lugares de tortura travestidos de tratamentos a esse tipo de doente.
Muitas vezes o preconceito e discriminação partem da própria família, pois não buscam entender o caso e não tem a dedicação e compreensão nescessária para ajudá-los a lutar contra a doença.
A doença mental não escolhe posição social, classe social ou condição financeira. ela carrega um histórico de sofrimento e isolamento social e uma carga de injustiça que impossibilita seus portadores a inserção no grupo social e familiar.
Sejamos mais humanos, compreensivos e tolerantes. Devemos encarar com a mente aberta para ajudá-los e não para subjugá-los às necessidades desumanas de uma sociedade capitalista, onde o que prevalece é a desvalorização do ser humano, impregnando a sociedade de injustiça e preconceito.